SELETA CURUPIRA
TEXTO Nº 18
ORG ANTONIO CABRAL FILHO
Letras Taquarenses Edições 2014
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O INFELIZ GARIMPEIRO DE SÓIS
Ei-lo pelas ruas da cidade, aos trambolhões
carpindo na escuridão da vida a sina amarga.
Anseia pela luz, tortura-se, padece humilhações
levando n'alma sonhos lindos que a noite esmaga.
Sinto-o como um faiscador de preciosas gemas
que na existência inteira busca a pedra rara.
Mas eis que o Destino atroz lhe coloca algemas
aprisionando as mãos que na inércia esbarra...
O seu mundo é um infinito de funérea sombra
e o seu anelo maior é encontrar e amar a luz.
Ah! Se eu pudesse arrancar-lhe da escuridão que assombra!!
Ah! Se em diademas pudesse eu transformar-lhe a cruz!...
Sabes de quem fala, amigo, nestes tristes ais,
A minha alma, o meu peito, o meu dorido e angustiado ego?
Não?... Pois confesso compungido, em traumas abissais:
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JOSÉ RIBEIRO E SILVA - RJ
Obs.: JRS deixou-me o poema acima assim, incompleto,
não forneceu dados pessoais nem formas de contato.
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